quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Prosa de Pescador - Tucunaré bom de galho

Tirei essa boa história de pescador do site da revista Pesca e Cia. Achei bem legal ela e estou postando aqui para descontrair um pouco:



Quem gosta de pesca esportiva está sempre à procura de um grande troféu – e se for um tucunaré melhor ainda. Foi para realizar esse sonho que eu e um grupo de amigos juntamos nossas tralhas e partimos para uma pescaria no Lago da Balbina (AM), uma região de águas claras que tem galhadas e troncos de árvores submersos, abrigo predileto dos tucunarés.


Estávamos tão ansiosos, que no dia marcado ninguém se atrasou, o que já é um milagre. Depois da longa viagem, quando chegamos no local começamos a pescaria usando iscas de meia-água. Como não fizeram muito sucesso, meu colega Catunda teve a brilhante idéia de mudar para um popper – digo brilhante idéia porque foi graças a essa troca que eu estou podendo contar essa história.


Todos animados, reiniciamos a pescaria e logo que o Catunda deu seu primeiro arremesso com a nova isca a linha passou por cima de um tronco que estava fora d´água. Aí, foi pouco para começarem as gozações com o coitado, que preocupado com o enrosco começou a dar toques na vara para que a isca pudesse passar por cima do tronco.


Inesperadamente, surgiu um risco a toda velocidade na flor d’água em direção ao popper. O ataque foi tão violento que tirou a isca para fora d´água. Como meu amigo estava recolhendo a linha, a isca ficou presa e pendurada no galho como um pêndulo. Foi tudo tão rápido que nem deu tempo para alguma reação, pois o tucunaré mais do que depressa fez sua segunda tentativa e pulou na isca. Desta vez ele chegou perto, mas apesar de toda a torcida ele não conseguiu!


Nessa hora já estávamos vibrando com o show de saltos ornamentais do tucunaré e ficamos ansiosos para mais um ataque, que não acontecia! Já estávamos desistindo de esperar quando veio a surpresa: o bichão apareceu nadando na base do tronco para atacar o popper. Mas sua performance não parou aí. Ele passou por cima do tronco que estava a mais ou menos 65 cm fora d’água, abocanhou a isca, caiu na água e quando percebeu que tinha sido enganado “cuspiu” ela longe. Ficamos extasiados com aquela cena. O Catunda então, nem preciso falar, estava se gabando da façanha. Quem diria, em uma viagem despretensiosa desvendamos mais um tipo da espécie, o “tucunaré macaco”, que sem perder seu estilo elegante e voraz de atacar as iscas de superfície é um verdadeiro escalador de tronco!




Bom, essa foi a história de hoje.


Amanhã tem mais!

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